O sistema colonial é um conjunto de relações entre as metrópoles e as colônias. O
principal objetivo desse sistema era o enriquecimento da burguesia através do
Estado, de acordo com a doutrina do monopólio e do protecionismo.
Os mercadores
europeus faziam intervenções no comércio e na produção destinados à exportação,
porém as colônias eram instrumentos geradores de riquezas. Essa exploração
colonial era a principal característica do sistema, que também é um importante
elemento na economia das metrópoles europeias. E acabou se tornando um
componente essencial do Antigo Regime. O modo de produção era determinado pelo
sistema colonial e o principal objetivo era o lucro, isso favoreceu a volta do
escravismo que era uma forma de trabalho lucrativa para as colônias. Além do
mais, o comércio de escravos também tornou-se uma prática constante para o
avanço do liberalismo que chegaria em seguida.
Na América, o
sistema colonial chegou ao auge nos séculos XVI e XVIII. A formação está relacionada
às Grandes Navegações, obedecendo aos princípios mercantilistas. Assim, o
Estado Moderno via que as práticas mercantilistas com acúmulo de capitais fazia
com que as colônias atendessem aos objetivos da metrópole. O objetivo principal
da burguesia ia se consolidando ao longo dos anos mas tudo isso custou cenários
alarmantes de escravidão.
Tipos de colônias
As colônias eram
construídas a partir de dois tipos diferenciados.
COLÔNIA DE POVOAMENTO: As colônias
de povoamento correspondem àquelas que se desenvolveram nas
áreas temperadas da América, melhor exemplificadas com as colônias inglesas da América do
Norte, especialmente a Nova Inglaterra. Essas apresentam as seguintes
características:
•
Povoamento por grupos familiares de refugiados religiosos
(puritanos); por essa razão, permanente, onde o ideal de fixação estava
associado ao desejo de prosperidade e desenvolvimento, tentando reproduzir na
América a forma de vida que possuíam na Europa.
• Ideal de acumulação vinculado à valorização do trabalho, à
poupança e à capitalização.
• Investimento na própria colônia dos lucros gerados pela
produção local, convergindo para a metrópole apenas os tributos.
• A produção colonial atendia à satisfação das necessidades
internas e se organizava em pequenas propriedades, com grande utilização do
trabalho livre e familiar.
• Criação de um mercado interno.
• Consciência da autonomia e desenvolvimento precoce do ideal de
emancipação.
.
COLÔNIA DE EXPLORAÇÃO: As colônias
de exploração, exemplificada pela colonização portuguesa no
Brasil, correspondiam aos interesses mercantilistas da época e apresentam as
seguintes características:
• Ocupação espontânea, consequentemente temporária, por grupos
de indivíduos onde o ideal de fixação foi suplantado pelo ideal de exploração
econômica, de forma imediata e sem grandes investimentos.
• Ideal de enriquecimento rápido na colônia com gastos na Europa
(“Fazer a América”), vinculado à mentalidade transoceânica, em que, em geral,
as famílias ficavam na metrópole.
• Exportação para a metrópole da totalidade dos lucros obtidos
com a produção colonial.
• Produção em grande escala para o mercado externo, atendendo
aos interesses metropolitanos, baseada na grande propriedade e no trabalho
escravo.
• Economia extrovertida e dependente, impedindo a formação de um
mercado interno.
• Desvalorização do trabalho manual, da educação, da instrução e
da mulher.
• Desenvolvimento tardio do ideal de emancipação
Com o auxílio do texto e de todo conteúdo trabalhado em sala
de aula, faça um mapa conceitual ou mapa mental explicando o sistema colonial e
os dois tipos de colônias. usando o exemplo da imagem abaixo
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